
Criada oficialmente por Dom Helder Câmara em 1961, como uma forma de arrecadar dinheiro para o Banco da Providência, a feira, antes de virar um megaevento, teve duas edições menores, pequenos bazares, realizados com a ajuda de voluntários no Copacabana Palace e numa agência do Banco do Brasil em Copacabana.
- A maior preocupação de Dom Helder era arranjar uma maneira de sustentar o banco para que ele pudesse promover seus projetos sociais. Os dois primeiros eventos aconteceram em 1959 e 1960. Como deu muito certo, fizemos a primeira feira em 1961, no Clube Piraquê - recorda Dona Marina Araújo, de 88 anos, diretora-geral do Banco da Providência e da Feira desde a primeira edição, em 1961.
Antes de se instalar nos pavilhões do Riocentro, na Zona Oeste, a Feira da Providência ocupou espaços na Zona Sul, como a Sociedade Hípica Brasileira (1962), o Iate Clube do Rio de Janeiro (1963), o Parque Lage (1964), e o entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas (de 1965 até 1977).
O passado da feira estará contado nos 50 cartazes que o desenhista Ziraldo fez ao longo deste anos. O criador do Bocão, símbolo da Feira da Providência, lembra que participou de tudo desde o começo.
- Fiz o logotipo do banco e, depois, Dom Helder me chamou para fazer o primeiro cartaz - diz Ziraldo, que está no livro dos recordes mundiais como o artista que assinou a maior quantidade de cartazes de um mesmo evento.
No ano passado, a renda líquida obtida na feira foi de R$ 1,9 milhão. Nesta edição, a equipe pretende captar ainda mais.
- Vamos lançar a campanha "Investindo na vida". As pessoas não sabem que com R$ 40 mensais podem, por exemplo, apadrinhar uma família em situação de miséria - explica Marina Barros, gerente institucional do Banco da Providência:
A 50ª Feira da Providência vai ocupar dois pavilhões, com 300 expositores, de 35 países e 15 estados brasileiros. Além das brincadeiras high-tech, terá estande de venda de bijuterias e acessórios de moda criados pela designer Luiza Bomeny; área com piscina de bolinhas, pula-pula, muro de escalada e fantoche e apresentação de danças folclóricas à tarde e, à noite, pocket-shows.