Start-up carioca lança serviço de back-up na nuvem e entra na disputa com gigantes como Apple e Google
Enquanto gigantes como Apple, Google e Amazon duelam para atrair seus arquivos para dentro das "nuvens" delas, uma start-up carioca que oferece o mesmo serviço de back-up on-line aposta no suporte local em português para desbancar a concorrência de peso e conquistar os internautas brasileiros. Fundada no ano passado, a PSafe lançará em algumas semanas o LockBox, um serviço de armazenamento de dados on-line que sincroniza os arquivos automaticamente em uma série de aparelhos. O produto é um dos pioneiros do tipo na América Latina.
- Nossa vantagem é que nenhum dos concorrentes internacionais tem foco no Brasil. Se você é um cliente que não domina inglês e precisar contatá-los, azar o seu - provoca o diretor-executivo da PSafe, Marco de Mello, que trabalhou por dez anos na sede da Microsoft, exercendo cargos de gerência nas unidades MSN e Windows.
O LockBox funciona como outros serviços de backup on-line. O usuário precisa instalar um programa e mover para dentro dele os arquivos que deseja pôr na nuvem. É possível acessá-los por meio do navegador de qualquer aparelho com acesso à internet, inclusive celulares e tablets. Alterações feitas nos documentos são sincronizadas em todas as máquinas automaticamente.
Assim como as outras, a ferramenta é do tipo freemium: o pacote de 2 GB de armazenamento é gratuito, enquanto os de maior capacidade, a partir de 5 GB, são pagos. O de 2 GB pode guardar até 16 mil documentos (PDFs, textos, planilhas etc.), mas não aceita fotos, músicas nem vídeos. O de 5 GB custa R$ 5,90 por mês; o de 25 GB, R$ 9,90; e o de 100 GB, R$ 29,90.
As expectativas de Marco de Mello para o LockBox são audaciosas. Ele espera chegar a 800 mil usuários até o fim de 2012 e a 1,5 milhão ao fim de 2013. O diretor-executivo da PSafe garante que seu produto terá apelo junto à classe C e que o plano de 25GB será o preferido dos usuários (cujo preço, graceja Mello, corresponde a "um café com um sanduíche"). (...)
Texto de Rennan Setti, do O GLOBO
Publicado nesse blog em 6 de Novembro de 2011