200 Mil em Protesto no Rio

Protesto reúne 200 mil no Rio contra redistribuição de royalties do petróleo




Outro protesto volta a tomar conta das ruas do Rio de Janeiro, estado que está cansado das falcatruas políticas de outros estados que há décadas tentam desviar os recursos do Rio e que dessa vez quer se aproveitar das riquezas naturais do Estado mais famoso do Brasil.

Na última segunda-feira, uma multidão participou do protesto contra a redistribuição dos royalties do petróleo, prática que traz problemas ambientais ao estado produtor e que faz parte de grande receita líquida do Rio de Janeiro.

O protesto na Avenida Rio Branco contou com mais de 200 mil pessoas, mesmo local que foi decisivo para o fim da ditadura militar e para o Fora-Collor. Dessa vez os cariocas querem o veto do projeto de lei 2565, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados no início deste mês, já que os demais estados não querem investir em educação e trabalharem, por isso preferem roubar o dinheiro de quem trabalha. 

Caso o projeto for aprovado, o dinheiro do Rio será distribuído entre todos os estados e municípios brasileiros, mais o Distrito Federal, e reduz o percentual que hoje vai para os estados e municípios produtores. Hoje, o Rio de Janeiro recebe 26% dos royalties. Há países que a região produtora fica com quase 100%. Atualmente, os outros estados não produtores ficam com cerca de 7% e passarão a ficar com 21%, incluindo o Rio.

O Rio de Janeiro produz sozinho 80% do petróleo do país, por isso será o Estado que mais perderá, mesmo sendo o segundo estado que menos recebe recursos do Governo Federal.

A passeata terminou na Cinelândia, onde Alcione cantou o hino nacional. Artistas leram um manifesto e Xuxa reforçou o pedido. Até 2020, as perdas somariam R$ 77 bilhões.

Você sabe o que são royalties? Os royalties são compensações pagas pelas empresas de petróleo aos estados e municípios afetados pela produção. Servem para prepará-los para o crescimento que vem com a chegada do petróleo, contra o impacto ambiental que a exploração provoca, e são também uma reserva para o futuro, quando o petróleo acabar. A distribuição atual já é um roubo, muito maior será caso a Dilma aprovar. O dinheiro certamente não irá apenas para os estados, mas para os corruptos de outros estados.

A Dima dará a resposta amanhã. Esse é o Brasil, o país dos ladrões. Então... Será que Dilma vai aprovar o maior rombo ao Rio de Janeiro desde 1960?



Texto escrito e postado por Rafael Oliveira, 30 de Novembro de 2012