Feedback após um ano de tragédia em Petrópolis

Em 2022, mesmo depois da maior tragédia climática da história, Petrópolis gastou apenas 15% do valor autorizado em habitação


Há um ano, em 2022, ocorreu a maior tragédia climática da história de Petrópolis com 235 mortos e 4 mil desabrigados. A Prefeitura recebeu a autorização de R$ 2,19 milhões e pagou apenas R$ 318 mil no programa “Habitação Petrópolis”, que tem o objetivo de diminuir o déficit habitacional e coordenar trabalhos preventivos em áreas de risco.

No programa “Infraestrutura Pública”, dos R$ 4 milhões disponíveis, foram pagos R$ 11,7 milhões – quase o triplo. A ação inclui projetos e obras de drenagem, desassoreamento e limpeza dos rios.

Segundo a prefeitura, mais de 10 mil bueiros foram limpos, mas isso não foi suficiente para evitar enchentes quando chove.

Segundo o Ministério Público do Rio (MPRJ), 135 obras necessárias para prevenção de novos desastres em Petrópolis ainda não têm responsabilidade definida. O prefeito de Teresópolis Rubens Bomtempo (Partido Socialista Brasileiro) foi procurado por e-mail e não respondeu até a publicação dessa reportagem. Também tentamos contato com o Governo Federal anterior, via Twitter, e não tivemos resposta.

O Governo Estadual nos respondeu, por telefone, que fez um investimento de R$ 255 milhões em reforço estrutural, novo fluxo hidráulico e tem novos invstimentos em andamento nas avenidas principais da cidade, além da Rua Tereza, esta última que está já quase concluída.