O Sudão está vivendo um intenso combate interno que pode ser um assunto a ser discutido em concursos mais a frente, ainda esse ano, além de ser um tema atual pouco discutido.
Tudo isso porque forças leais a dois generais rivais estão competindo pelo controle do país, o que já gerou muitos mortos e feridos.
O que podemos resumir é: Estamos falando de uma guerra dentro de um mesmo país, entre dois homens: o líder militar do Sudão, Abdel Fattah al-Burhan, e o comandante das Forças de Apoio Rápido (RSF, na siga em inglês) paramilitares, Mohamed Hamdan Dagalo.
Há pouco tempo os dois eram aliados, inclusive juntos derrubaram o presidente sudanês Omar al-Bashir em 2019, este que ficou três décadas no poder e que com o tempo as diferenças sociais só aumentavam o que gerou a insatisfação popular pelo crescente preço do pão. Entretanto, depois disso, o percusso que deveria chegar a restauração de um governo civil caiu abaixo. Após a expulsão de Bashir, o Sudão foi governado por uma aliança incômoda entre os grupos militares e civis.
Enquanto um lado da luta é dos militares oficiais do país, o outro é de um grupo paramilitar, um tipo de milícia, criado pelo próprio Bashir.
Burhan é essencialmente o líder do Sudão. Na época da queda de Bashir, Burhan era o inspetor geral do exército.
Sua carreira seguiu um curso quase paralelo à de Dagalo. Ele também ganhou destaque nos anos 2000 por seu papel nos dias sombrios do conflito de Darfur, onde acredita-se que os dois homens tenham entrado em contato pela primeira vez. Al-Burhan e Dagalo consolidaram sua ascensão ao poder bajulando as potências do Golfo.
Hoje, o grupo militar conta com 210-220 mil combatentes, enquanto a RSF conta com com aproximadamente 70 mil, mas são mais treinados e melhor equipados.
As potências internacionais expressaram preocupação, com o Conselho de Segurança da ONU realizando sua primeira reunião sobre a crise no Sudão na segunda-feira. Além das preocupações com os civis, provavelmente existem outras motivações em jogo – o Sudão é rico em recursos e estrategicamente localizado.
A CNN relatou anteriormente como a Rússia conspirou com os líderes militares do Sudão para contrabandear ouro para fora do Sudão.
Os vizinhos do Sudão, Egito e Sudão do Sul, se ofereceram para mediar, mas, enquanto isso, a única coisa certa é o aumento da angústia do povo sudanês.