Veja quem é Nicolas Maduro - O polêmico presidente da Venezuela
Nicolás Maduro... Um nome muito popular nas redes sociais em 2024. Maduro nasceu em 23 de novembro de 1962 em Caracas, capital da Venezuela, em uma família de classe média. Tornou-se um sindicalista conhecido por suas críticas a favor dos trabalhadores no metrô de Caracas e isso o ajudou a abrir as portas para se tornar símbolo do movimento político de esquerda na Venezuela.
Ascensão Política
Nos anos 1980 e 1990, Maduro se envolveu ativamente na política, ingressando no partido Movimento Quinta República (MVR), fundado por Hugo Chávez, um ex-oficial militar que se tornaria o líder da Revolução Bolivariana. Maduro foi um dos primeiros apoiadores de Chávez, o que ajudou a consolidar sua posição dentro do movimento. Quando Chávez chegou ao poder em 1999, Maduro já era uma figura-chave em seu círculo político.
Maduro desempenhou vários papéis importantes durante o governo de Chávez, incluindo ser presidente da Assembleia Nacional de 2005 a 2006 e ministro das Relações Exteriores de 2006 a 2013. Sua lealdade a Chávez e seu envolvimento profundo no projeto bolivariano o levaram a ser nomeado vice-presidente em 2012.
Transição para a Presidência
Após a morte de Hugo Chávez em 2013, Nicolás Maduro foi escolhido como seu sucessor, e, em abril daquele ano, venceu as eleições presidenciais por uma margem estreita contra o candidato da oposição Henrique Capriles. No entanto, sua presidência rapidamente enfrentou desafios. A economia da Venezuela, altamente dependente das exportações de petróleo, entrou em colapso devido à queda dos preços do petróleo, o que levou a uma crise econômica e humanitária sem precedentes.
A resposta de Maduro às crescentes crises foi marcada por uma consolidação do poder. Ele limitou a atuação da oposição, controlou a mídia, e, em 2017, dissolveu a Assembleia Nacional dominada pela oposição e a substituiu por uma Assembleia Constituinte pró-governo, o que foi amplamente condenado como um golpe contra a democracia. Essas ações provocaram acusações de que Maduro se tornara um ditador, com protestos internos e críticas internacionais.
Reeleição Controversa e Crises Políticas
A eleição presidencial de 2018, na qual Maduro foi reeleito, foi amplamente criticada como fraudulenta. Diversos países, incluindo os Estados Unidos e grande parte da União Europeia, se recusaram a reconhecer o resultado. Em 2019, Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, se declarou presidente interino da Venezuela, com o apoio de muitos países estrangeiros, alegando que a reeleição de Maduro era ilegítima. No entanto, Maduro manteve o controle do governo, em grande parte devido ao apoio dos militares e de aliados internacionais como Rússia, China e Cuba.
Sob seu governo, a Venezuela enfrentou uma devastadora crise econômica, hiperinflação, escassez de produtos básicos e uma onda de migração em massa, com milhões de venezuelanos fugindo para países vizinhos. Além disso, Maduro foi acusado de graves violações dos direitos humanos, repressão de dissidentes e fraude eleitoral, o que solidificou sua reputação como um dos líderes mais polêmicos da América Latina.
Mesmo com grande pressão internacional para sua renúncia, Maduro conseguiu se manter no poder, desafiando sanções econômicas e diplomáticas. Ele continua a ser uma figura polarizadora, visto por alguns como um defensor do legado chavista e da soberania venezuelana contra a interferência externa, e por outros como um ditador que mergulhou seu país em uma das piores crises da história recente da região.